História de Uma Alma
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Eis que venho escrever-vos
pela primeira vez e efetivamente a resenha de um livro, todos sabem que o nome
da página e do blogue em si é “Uma Resenha Católica”, mais do que o próprio
nome retrata, o objetivo aqui nunca foi de restringir o conteúdo com indicações
de livros, sejam eles de conteúdo espiritual, ou não. Sobretudo, o intuito
sempre foi de retratar e fazer a propagação da Verdade. A leitura é antes de
mais nada um dos meios mais eficazes de reatar esse liame, é a forma mais
eficaz também de se libertar por inteiro e de forma solitária, a descobrir-se
como um ser humano imperfeito que pertence Aquele que É e sempre será até o fim
dos séculos.
Sem mais delongas,
prossigo a uma breve análise do livro que é muito especial para muitos fiéis, “História
de Uma Alma” um livro autobiográfico da Doutora
da Igreja, Santa Teresinha do
Menino Jesus.
O livro foi escrito entre
os anos de 1873 e 1897, a pedido de sua irmã Paulina, também conhecida na época
como a Rev.ª Madre Inês de Jesus, a sequência dos capítulos está dividida em manuscritos,
A, B e C.
Teresinha era a mais nova
de uma numerosa família, seus pais São Luís e Santa Zélia Martin a tratavam
realmente como a caçula da família, São Luís a chamava rotineiramente de “minha
rainhazinha”. Com apenas quatro anos de idade Teresinha viu-se órfã de mãe.
Assim, escolheu uma de
suas irmãs para fazer o papel de mãe em sua vida, a irmã escolhida foi Paulina.
Mais tarde, Paulina viria a entrar para o Carmelo e uma outra irmã sua, a Celina,
seria aquela que mais estaria presente até sua entrada no Carmelo.
Ao ler o livro é
perceptível que Santa Teresinha sempre quis ser tratada como uma menina, como a
“florzinha de Jesus” como a própria gostava de se colocar quando relatava tudo
o que sentia e acontecia pela Providência Divina em sua vida. É por isso, que
gostava sempre de lembrar que era muito pequena e frágil também.
Espiritualmente, ela
sempre relatava sua profundidade quando o assunto era o Céu, amava tanto a Deus
que muitas vezes ia se confessar e o Santo Padre dizia que era impossível Santa
Teresinha ter pecado algum, só mostra o quanto era dócil à Vontade de Deus.
Apesar de crescer em idade sempre quis ser vista pelo Criador como uma alma
pequena.
Antes mesmo de entrar
para o Carmelo teve dificuldades, pois, Teresinha era jovem demais quando
decidiu que havia chegado a hora. Apesar de ter ido com parte da família até
Roma pedir permissão ao Papa, de nada adiantou. Somente aos 16 anos de idade
Teresinha iria receber a carta que tanto esperava e sua admissão no Carmelo em
Lisieux, na França.
A pequena via de Santa Teresinha
é um constante desapego de si mesma para deixar que Deus a preenchesse de todas
as formas, seja na bonança, seja nas aprovações, tinha sempre muito o
pensamento no Céu e gostava de falar constantemente com suas irmãs sobre isso.
Seus anseios, em descobrir o que Deus realmente queria que fizesse por
simplesmente retribuir todas as graças que recebia Dele de bom grado.
Santa Teresinha se ofereceu
como vítima a Deus para sentir em sua própria pele o que sentiam aqueles que
não O amavam, “Ó Jesus, fazei que eu seja essa vítima ditosa e consumi a vossa
hostiazinha no fogo do vosso divino amor.”
Sendo assim, uma alma tão
sensível e com um temperamento que a permitia ser tão resoluta e tão profunda
em tudo o que fazia, Santa Teresinha morreu com apenas 24 anos de idade e nos
deixou a sua pequena via. Dissera uma vez: “meu Deus, escolho tudo! Não quero
ser santa pela metade nem me assusta o ter que sofrer por vosso amor: de uma
coisa só tenho receio, é de ficar com a minha vontade: tomai posse dela,
Senhor, que escolho tudo o que Vós quiserdes!”
Nenhum escrito sobre o
livro é capaz de demonstrar o quanto Santa Teresinha amava a Deus, e que por
isso, é digna de uma Santa! História de Uma Alma merece ser lido por todos nós
católicos que temos o privilégio de ter o auxílio de todos os Santos na busca
pela nossa própria santidade, recorramos a eles, aprendamos com quem já
encontrou o Caminho e avante!
Santa Teresinha, ora pro
nobis!
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